A Hospitalar 2025 chegou ao fim, e o que permanece é a certeza de que o setor da saúde segue em movimento acelerado — impulsionado por tecnologia, parcerias estratégicas e uma crescente demanda por ambientes regulatórios mais preparados para a inovação.

Durante esses dias de evento, acompanhamos uma verdadeira vitrine de soluções: equipamentos de última geração, ferramentas digitais para gestão clínica, propostas disruptivas de healthtechs e integrações cada vez mais robustas entre diagnóstico, tratamento e experiência do paciente. Mais do que produtos, vimos caminhos concretos para um novo modelo de cuidado em saúde.

Para quem atua com o direito regulatório, como é o meu caso, eventos como esse são pontos de inflexão. São espaços onde a técnica jurídica encontra a prática empresarial e a visão de futuro. A troca com representantes da indústria, startups, autoridades sanitárias e especialistas internacionais reforça a necessidade de uma regulação que não apenas acompanhe a inovação — mas que a possibilite.

Estive presente em debates relevantes, participei de conversas que abordaram desde marcos regulatórios até a internacionalização de produtos, e celebrei reencontros com amigos e clientes que, assim como eu, acreditam em uma atuação multidisciplinar como vetor de transformação no setor.

Fica evidente que o papel do jurídico vai além da obtenção de registros, licenças ou autorizações. É sobre estruturar processos, sustentar estratégias de acesso ao mercado e garantir que o avanço tecnológico se mantenha ancorado em responsabilidade e segurança sanitária.

Ao final da Hospitalar 2025, fica um convite à reflexão: estamos preparados, enquanto ecossistema, para construir uma regulação dinâmica, técnica e responsiva? Uma regulação que acolha a complexidade da inovação sem abrir mão da confiança pública?

Frente aos desafios, resta a nossa missão e o compromisso em contribuir com uma ampla discussão na construção de caminhos e soluções que fortaleçam a saúde em todos os seus aspectos – 360o.